segunda-feira, 21 de abril de 2008

A lenda do rouxinol




















Há mais de mil anos, num suntuoso palácio, vivia o imperador da China. À volta do palácio, havia um enorme jardim e uma floresta, de onde se via o mar. Entre as árvores, um rouxinol cantava maravilhosamente. Muitas pessoas iam de longe para ouvi-lo, pois o seu canto dava alegria a todos. Quando a sua fama chegou ao palácio, o iimperador mandou buscá-lo e nomeou-o chefe dos músicos da corte. A partir daí, a vida melhorou no império. Um dia, o imperador do Japão ofereceu ao monarca chinês um rouxinol mecânico, feito de ouro e de pedras preciosas. As pessoas acharam-no maravilhoso e esqueceram o rouxinol da floresta, que era mais vulgar. Desprezado, o rouxinol saiu do palácio. Na Primavera, as pessoas aperceberam-se que o canto do rouxinol mecânico era monótono e não alegrava ninguém. O próprio imperador da China adoeceu. Quando estava quase a morrer, ouviu o canto do rouxinol da floresta, que regressara para o salvar apesar de ter sido injustiçado. O soberano recuperou a saúde e nomeou-o novamente Músico Chefe da Corte. Mas o rouxinol recusou amavelmente a proposta imperial: valia muito mais a sua floresta do que a gaiola de ouro. Todavia, sempre que fosse necessário, poderia voltar ao palácio, transmitindo bem-estar e paz a todos.

JOÃO DE BARRO -

É tido como passarinho trabalhador e inteligente. Seu canto parece uma gargalhada (no Sul dizem que, quando ele canta, é sinal de bom tempo) e é amigo de todos, lutando para salvar seu ninho, sua casa. Um dia, conta-se, brigou com Tapera (andorinha), que chegou a dominá-lo e despejou-o do ninho ainda em construção. A fêmea, conhecida como "Joaninha-de-barro" ou "Maria-de-Barro", ajuda na construção do ninho, mas parece não ser constante, abandonando o macho. O João-de-Barro é fiel até o fim e, por isso, quando percebe que a esposa mudou de amor, tampa a abertura da casa, fechando-a para sempre.

Saúde Animal - Zoo Virtual - Uirapuru

Saúde Animal - Zoo Virtual - Uirapuru

A lenda do Uirapuru






O Uirapuru na verdade era um belo guerreiro chamado Catuboré da tribo Tupi que se apaixonou perdidamente pela linda Mainá, esposa do cacique de sua tribo.Desiludido por causa desse amor proibido o guerreiro passou a implorar a Tupã que o libertasse desta dor ou pelo menos a amenizasse.
Vendo Tupã tamanha dor, resolveu atender às súplicas do rapaz e o transformou numa bela ave vermelha, às vezes acinzentada na qual passou a se chamar Uirapuru.
O pássaro passou a cantar todas as noites para sua doce amada dormir. Mas sua encantadora voz despertou a atenção do cacique que passou a perseguir a ave só para tê-la para si. Então o Uirapuru com medo fugiu para o interior da floresta amazônica e o chefe indígena perdeu-o para sempre. Mesmo assim ele sempre voltava todas as noites para cantar embalando com sua doce voz o sono de sua amada.
Quem sabe um dia, a índia possa livrar o bravo guerreiro desse encanto, correspondendo a esse amor que a enfeitiça através do canto.

A lenda de Hyoku



















Segundo uma lenda milenar existiu uma espécie de pássaro especial no Japão que se chamava Hyoku.
Os antigos guardavam sua história como uma verdadeira lição para os homens de qualquer época.
É que segundo essa Lenda, o Hyoku era um pássaro que nascia apenas com uma asa.
Assim, desde o instante do seu nascimento ele buscava encontrar sua outra metade para unir-se a ela, se completando para conseguir sua realização de pássaro: voar.
Porque enquanto ele não encontrava sua metade, ele não chegava a ser efetivamente um pássaro, apenas mito.
A Lenda de Hyoku traz, por isso, uma lição profunda para todos nós: a de que um ser só é completo, quando encontra seu par!
Pena que ao contrário de Hyoku, muitas pessoas ao invés de buscar a metade que as realize, acabam na ilusão do poder, do egoísmo, do egocentrismo, reduzindo sua vida ao meio.
Incapazes de se darem a alguém, não conseguem nunca se completar como seres de fato.
Passam pela vida sendo apenas metade de GENTE.

A história de um pássaro


























Era uma vez um passarinho...

Ia um motociclista em alta velocidade quando de repente colide com um

passarinho que atravessava a estrada... Cheio de remorsos pára a moto e ao ver que o passarinho não morreu, pega nele com todo o cuidado e guarda-o no blusão. Quando chega em casa ao ver que o passarinho ainda se mantém inconsciente, coloca-o cuidadosamente numa gaiola. Antes de sair deixa-lhe um pouco de água num recipiente e um pouco de pão. Mais tarde ao reanimar, o passarinho olha em volta ainda estremunhado e diz lá para com ele:

- Grades!... Pão!... Água!... Oh diabo, queres ver que eu matei o motociclista!!!

domingo, 20 de abril de 2008

Ave do amor








































Agapórnis: quer dizer inseparável em grego, Eles após o acasalamento, permanecem com o mesmo parceiro até o final da vida, além de namorar o tempo todo.
É um pássaro da família das araras e dos papagaios, descoberta em 1793 na da Ilha de Madagascar. Vive de 10 a 15 anos.
Encanta a todos pelo seu jeito calmo e cores exuberantes podem até ficar no ombro do dono, comem na mão e assobiam para nos chamar.
Reproduz-se com muita facilidade em cativeiro põe em media 3 a 7 ovos e a incubação dura 21 dias.
Alimentação: As sementes (girassol, alpiste, aveia, etc...) são seu prato predileto. Comem também grãos de milho crus e verduras.


Curiosos e mansos, aprendem a assobiar e fazem acrobacias. Recomenda-se que sejam criados aos pares.






O passarinho engaiolado




















Dentro de uma linda gaiola vivia um passarinho.

Sua vida era segura e tranqüila. Tranqüilidade e segurança: Coisas que todos desejam. Barco ancorado não naufraga. Avião em hangar não cai. Para viver em segurança as pessoas constroem gaiolas e passam a viver dentro delas. Dentro das gaiolas não há perigos. Só há monotonia. Todo dia a mesma coisa. Tudo o que acontece todo dia do mesmo jeito é chato. Esse é o preço da segurança: A Chatice.

Dentro da gaiola não há muito que fazer, seja ela feita com arames de ferro ou com deveres. Os sonhos de aventuras selvagens aparecem, mas, logo que vêem os arames, morrem. Alguns, malvados, furam os olhos dos pássaros engaiolados. Dizem que pássaro de olho furado canta mais bonito. Talvez, cegos, eles se esqueçam de que estão presos numa gaiola. Mas, mesmo que não estivessem, de que lhes adiantaria ter asas para voar se não têm olhos para ver? Sua cegueira é a sua gaiola.

O nosso amigo, passarinho engaiolado, bem se lembrava do dia em que, enganado pelo alpiste tentador, saboroso, entrou no alçapão. Alçapões são assim: Têm sempre uma coisa apetitosa dentro. Mas basta que a coisa apetitosa seja bicada para que a porta se feche para sempre, até que a morte a abra...

Do seu pequeno espaço ele olhava os outros passarinhos. Os bem-te-vis, atrás dos bichinhos; os sanhaços, entrando mamões adentro; os beija-flores, com seu mágico bater de asas; os urubus, em seus vôos tranqüilos na fundura do céu; as rolinhas, arrulhando, fazendo amor; as pombas, voando como flechas.

Ele queria ser como os outros pássaros, livres... Ah! Se aquela maldita porta se abrisse... Isso era tudo o que ele desejava. Pois não é que, para surpresa sua, um dia o seu dono esqueceu a porta da gaiola aberta? Ele poderia agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre! Saiu. Voou para o galho mais próximo.

Olhou para baixo. Puxa! Como era alto! Sentiu um pouco de tontura. Estava acostumado com o chão da gaiola, bem pertinho. Teve medo de cair. Agachou se no galho, para ter mais firmeza. Viu uma outra árvore mais distante. Teve vontade de ir até lá. Perguntou-se se suas asas agüentariam. Elas não estavam acostumadas. O melhor seria não abusar, logo no primeiro dia. Agarrou-se mais firmemente ainda. Nesse momento um insetinho passou voando bem na frente do seu bico. Chegara a hora. Esticou o pescoço o mais que pôde, mas o insetinho não era bobo. Sumiu mostrando a língua.

Ei, você!" - era uma passarinha. "Vamos voar juntos até o quintal do vizinho? Há uma linda pimenteira, carregadinha de pimentas vermelhas. Deliciosas. Só é preciso prestar atenção no gato que anda por lá..." Só o nome "gato" já lhe deu um arrepio. Disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha procurou outro companheiro. Ele preferiu ficar com fome. Chegou o fim da tarde e, com ele, a tristeza do crepúsculo. A noite se aproximava. Onde iria dormir? Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde a sua gaiola ficava dependurada. Teve saudades dele. Teria de dormir num galho de árvore, sem proteção. Gatos sobem em árvores? Eles enxergam no escuro? E era preciso não esquecer os gambás. E tinha de pensar nos meninos com os seus estilingues, no dia seguinte. Tremeu de medo. Nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada. Somente podem gozar a liberdade aqueles que têm coragem. Ele não tinha.

Teve saudades da gaiola. Voltou. Felizmente a porta ainda estava aberta. Entrou. Pulou para o poleiro. Adormeceu agradecido a Deus pela felicidade da gaiola. É muito mais simples não ser livre. Nesse momento chegou o dono. Vendo a porta aberta, disse:

"Passarinho bobo. Não viu que a porta estava aberta. Deve estar meio cego. Pois passarinho de verdade não fica em gaiola. Gosta mesmo é de voar..."



Partes de um texto de Rubem Alves


Agapornis

























Este pássaro é conhecido popularmente como Agapornis, periquito-namorado, love-bird (pássaro do amor). Isto porque a vida entre o casal é harmoniosa, cheia de "beijocas" e carinhos o dia todo.

Os ninhos




















___________

Os passarinhos

Tão engraçados

Fazem os ninhos

Com mil cuidados.

São p´ra os filhinhos

Que estão para ter

Que os passarinhos

Os vão fazer.

Nos bicos trazem

coisas pequenas,

E os ninhos fazem

De musgo e penas.

Depois lá têm

os seus meninos,

Tão pequeninos

Ao pé da mãe.

Nunca se faça

Mal a um ninho,

À linda graça

De um passarinho!

Que nos lembremos

Sempre também

Do pai que temos

Da nossa mãe!

(Afonso Lopes Vieira)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Mandarim


Bem-te-vi




































































Azulão

O AZULÃO, além de ser um pássaro belíssimo, é também muito apreciado pelo seu canto maravilhoso que pode ser dividido em dois tipos:

a) o canto normal - compõe-se de uma frase de cerca de 10 notas repetindo um som tipo "tifliu"- em variados tons, este é o canto usual e corriqueiro; são inúmeros dialectos, cada região tem um, ou mais longo ou mais melodioso que o outro;
b) a surdina, mata-virgem ou alvorada que querem dizer a mesma coisa - neste caso ele chega a cantar certa de 2 minutos sem parar repetindo um módulo de mais ou menos 6 notas - ti-é-té-é-tuéé, como exemplo. A surdina é, sem dúvida, um dos sons mais bonitos que se pode ouvir de um pássaro cantando. O AZULÃO, consegue ir alternando o tom e o volume das notas à medida que vai cantando, dando a impressão a quem escuta que está longe e depois mais próximo.




Uirapuru



















Dizem que uma pena do uirapuru, colocada sob o travesseiro do amado, o tornará fiel e enamorado da mulher pelo resto da vida; uma palha do ninho, levada pelo homem, o deixará irresistível a todas as mulheres. Essas são lendas correntes a respeito desse pássaro maravilhoso e isso o torna num dos pássaros mais populares e enigmáticos do Brasil. Menor que o tico-tico vulgar e dotado de uma plumagem marrom e alaranjada, pode ser encontrado, muito raramente, nas regiões do Norte do País, principalmente nos Territórios do Amapá e Rondônia, no Norte do Pará e nos Estados do Amazonas e do Acre. É dificilmente visto, já que exige, para viver, condições ecológicas intermediárias entre as do seringal seco e do úmido. Alimenta-se exclusivamente de insetos e esta é uma das razões pelas quais o pássaro não pode adaptar-se ao cativeiro. O que impressiona é o seu canto. O canto do uirapuru só se ouve cerca de 15 dias por ano, sempre na ocasião da procriação, quando está construindo o ninho. Proferido poucos dias por ano, mesmo nestes o canto tem pequena duração, de cinco a dez minutos, em geral ao amanhecer e ao entardecer. É uma emissão vocal delicada, imitando as notas de uma flauta, que se distinguem com fraca intensidade. Completamente diferente do de qualquer outra ave, causa espécie o fato de se encontrar na Natureza som de tal pureza musical. Diz-se que, quando o uirapuru canta, os outros pássaros permanecem em silêncio, embevecidos com a harmonia e perfeição dos sons que ele lança no espaço.

Uirapuru





















Segundo uma crença indígena, o uirapuru é o deus protetor de todas as aves e também guia. Conta a lenda que um índio se apaixonou perdidamente pela esposa de um cacique. Desiludido com o amor proibido, pediu a Tupã que amenizasse sua dor transformando-o em pássaro, a quem o deus denominou Uirapuru. Toda noite Uirapuru cantava uma doce serenata para fazer sua amada dormir. Entretanto, sua bela voz despertou o interesse do cacique, que passou a perseguir a ave para tê-la só para si. O Uirapuru apavorado, voou para o interior da floresta e o chefe daquela nação perdeu-se para sempre.
O Uirapuru então,voltava todas as noites para acalentar os sonhos de seu amor e esperando também, que talvez um dia, a índia possa reconhecê-lo e despertá-lo de seu encanto.































Uirapuru

Gaturamo




Tiê






Tico-tico




Pintassilgo

Pica-pau

João-de-barro