sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ninho de beija-flor


Os ninhos são de três tipos, conforme a espécie. Um, em forma de tigela, é fixado em galhos - feito com folhas, paina, líquen, musgo e teia de aranha interligados com saliva. Outro, do tipo pendente ovalado, fica nas raízes de barrancos ou em fios elétricos e arames. Pode ser composto de raízes, crina e fibras. O terceiro, alongado, é instalado em folhas como as de palmeiras e samambaias. O ninho do beija-flor verbena (Mellisuga minima), da Jamaica, é o menor do mundo. Registrado no Guinness, tem cerca da metade do tamanho de uma noz. O menor ovo do mundo, lógico, é do mesmo beija-flor e também está no Guiness.

Os beija-flores botam dois ovos alongados e brancos, incubados por 12 a 15 dias. Os filhotes nascem com bico curto. Precisam de muitas proteínas. A mãe regurgita uma pasta de insetos e um pouco de néctar. Aos 20 ou 30 dias já saem do ninho. O beija-flor chega a viver até nove anos, mas a maioria não passa dos três a quatro devido ao desgaste físico, à escassez de alimentos e aos predadores.

Colibri


























O nome colibri, usado para o beija-flor, significa "área resplandecente" na língua dos índios Caraíbas. Refere-se aos tons metálicos que se alternam conforme o ângulo de incidência dos raios solares, efeito semelhante ao da madre-pérola, mais perceptível quando a iluminação é direta e vem de trás do observador. Basta um pequeno movimento para esse colorido deixar de aparecer. A plumagem normalmente combina três das seguintes cores: verde, vermelho, amarelo, branco, preto, laranja, lilás, cinza, marrom e azul. Em algumas variedades as cores vermelha e laranja são típicas dos machos adultos, mais coloridos que as fêmeas e machos jovens.

Namoro de beija-flores


O observador dos beija-flores, com um pouco de sorte, pode assistir ao espetáculo do namoro na primavera. O macho é capaz de se instalar em algum lugar e cantar por horas para atrair uma fêmea. Mas o som desse canto é muito agudo, dificilmente captado pelos ouvidos humanos. O show mesmo fica por conta do desafio entre machos. Competem entre si, exibindo a beleza e as habilidades no vôo e no canto. Quando um consegue chamar a atenção de uma pretendente, sua apresentação evolui. Faz vôos acrobáticos, canta e mostra a plumagem, até ela pousar e aceitar o acasalamento. A participação típica do macho na reprodução resume-se ao namoro. A maioria dos machos de algumas espécies dá uma demonstração especial de interesse, ainda durante a paquera: oferece o ninho prontinho, poupando a fêmea de um trabalho normalmente executado por ela.




Não há como não ficar encantando com as aparições do beija-flor. Veloz, chega como se fosse um raio. Com as asas rápidas, quase imperceptíveis, estaciona no ar. "Beija" uma flor com precisão e suavidade. Repentinamente, desloca-se até outra. Instantes depois já não está mais, mas o encanto daquele momento permanece.

quinta-feira, 14 de maio de 2009





Os pássaros da madrugada
não têm coragem de cantar,
vendo o meu sonho interminável
e a esperança do meu olhar.
Cecilia Meireles

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Beija-flor































Uma flor no jardim
Abelhas, joaninhas, borboletas
Azuis, amarelas, laranjas
Um beija-flor propagando a vida
Entre néctares e pólens
Nana Pereira

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sinfonia en(sol)arada


























céu ensolarado, brilhante, azul
Bem cedo o vento sopra seus acordes
o céu azulzinho boceja e espreguiça,
Um arco de violino toca uma nuvem
dezenas de semínimas desfilam, graciosas
Semibreves espreitam os amores-perfeitos
Fusas e semifusas apressadas tropeçam
Tons de outono no céu de maio
uma flauta doce perfuma o ar da manhã
num dia de sol mais-que-perfeito
um bem-te-vi saúda e comemora a vida.

Nana Pereira