segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

"Brincadeira de Criança"


De entre o espesso arvoredo
Saem tontos os pardais.
Seu piar tão assustado
Comunica-se aos demais.

Surgem a dar às asinhas,
Redondos, acastanhados.
Erguem-se, rapidamente,
E partem, desaustinados.

Não ganharam para o susto.
Por causa de uma criança,
Os seus galhos favoritos
Perderam a segurança.

Na copa da grande árvore
Repousavam escondidos.
Vi-os chegar à tardinha,
Às dezenas, divertidos.

Lestos pousaram nos ramos,
Aonde os segui co'a vista.
Sumiram por entre as folhas,
E... perdi a sua pista.

Logo mais ao pôr do Sol,
Vão voltar, em chilreada,
Para ocupar seus lugares,
Na árvore abandonada.

Maria da Fonseca

3 comentários:

  1. Parabéns por este blogue encantador. Este poema tão bonito tem como título "Brincadeira de Criança" e é da autoria de Maria da Fonseca. Agradecia, assim, a rectificação da autoria. Claro que terei muito prazer se desejar colocar aqui algum texto da minha autoria :)Um abraço, Ilona Bastos

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  2. Obrigada pela ajuda tão simpática!

    beijos

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  3. Ilona,

    Pode mandar sim!
    Poemas bonitos são sempre bem vindos!

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